As turnês mundiais “The Razor’s Edge” e “Ballbreaker” conquistaram uma nova geração de fãs até 2000. O AC/DC era nada menos do um fenômeno mundial e em expansão, assim foi como as revistas estavam escrevendo sobre a banda, e faziam brincadeiras, pedindo um novo disco. E, com o lançamento de “Stiff Upper Lip” , em Fevereiro de 2000, foi quando os apaixonados pela banda presenciaram um marco no som do AC/DC. 

Talvez toda essa excitação era devido a volta de George Young para produzir o álbum, pela primeira vez desde “Blow Up Your Video” de 1988. O estilo único e inteligente de George sempre tirou o melhor de Malcolm e Angus, e com “Stiff Upper Lip” não foi diferente, com músicas como “Satellite Blues” e a “Stiff Upper Lip”.

O álbum não só chegou ao topo, mas também atingiu o mundo todo rapidamente, e trouxe com ele honras imprevistas, incluindo em Março, o batismo de uma rua em Madrid, na Espanha, chamada de “Calle De AC/DC”, e se juntou com uma travessa em Melbourne, chamada de “AC/DC Lane”.

Junto com o novo milênio, a banda começou a cruzar as barreiras que haviam criado. Concordaram em se apresentar pela primeira vez no programa “Saturday Night Live” e também participar de um evento da MTV, intitulado de AC/DC@MTV.

Em Setembro de 2000, os elogios continuaram, e a banda foi indicada para a “Hollywood Rock Walk” na “Hollywood Boulevard” (a calçada da fama), onde suas impressões de mãos em cimento permanecerão para sempre. Bon Scott teria adorado.

Os elogios foram merecidos, e a banda continuou se apresentando em todas as linhas de frente, especialmente quando as turnês não tinham uma causa. A turnê “Stiff Upper Lip” provou que o gigante AC/DC era ainda maior eram antes, durante as turnês da era de “Back In Black” e “For Those About To Rock”.

O desejo europeu de ver a banda ao vivo em Junho e Julho de 2001 foi tão grande, que fez com que o AC/DC fosse pela segunda vez na Europa, o AC/DC tocou em inúmeros estádios de futebol nas cidades que passaram anteriormente, apenas para tentar satisfazer a grande demanda de apresentações.

Apesar de tudo o que o AC/DC já havia conquistado ao longo de sua carreira, a tunê foi um feito incrível.

Para documentar este marco, a banda filmou sua apresentação em Munique que resultou no lançamento do DVD “Stiff Upper Lip” antes de o ano terminar. Depois de arrebentarem com o disco em seus DVD Players, os fãs foram recebidos com uma introdução em que um “Angus gigante” rasgava uma parede feita de papel. E mais tarde, gigantes da banda tocavam enquanto o verdadeiro Angus fazia um strip.

Em Fevereiro de 2003, Angus e Malcolm estavam em Sydney, quando os “The Rolling Stones” vieram para a cidade. Um sonho se tornou realidade para os irmãos que curtiam a banda inglesa quando eram jovens, Malcolm e Angus se juntaram aos seus heróis de infância no palco do “Enmore Theatre” para uma fantástica interpretação de clássico do Blues, “Rock Me Baby”.

Não seria a última vez daquele ano que Malcolm e Angus dividiram o palco com os “Stones” e nem seria a última vez que os irmãos fariam aquele encontro surreal.

Em Março, o AC/DC finalmente foi introduzido ao Hall da fama do Rock and Roll. Steven Tyler do Aerosmith apresentou a banda, antes de ir ao palco com a banda e cantar “You Shook Me All Night Long”. Steven Tayler fez referência aos poderosos acordes dos irmãos Young como “Uma poderosa energia que sobe de baixo pra cima que faz você sentir segunda onda mais poderosa que pode fluir através de seu corpo”. O evento que foi realizado no luxuoso Hotel “Waldorf Astoria” em Nova York em frente da nata da indústria musical. O AC/DC percorreu um longo caminho até ali, chegando a tocar até as 4 da manhã no “Chequers” em Sydney nos anos 70. Foi um bom negócio, mas não tão bom quanto o que veio em seguida.

Em Julho de 2003, o AC/DC e os “Stones” se encontraram novamente, quando a banda foi para o “Toronto Rocks”, o maior evento de bilhete único na história, que reuniu 490,000 espectadores para um concerto no aeroporto “Downsview” para ajudar os portadores da SARS.

O lançamento do DVD “Family Jewels” em 2005 manteve a voltagem da banda e surtiu como uma revelação absoluta para os fãs do AC/DC, trazendo várias apresentações na TV e concertos raros de Bon Scott e Brian Johnson. Foi um sonho realizado, só que desta vez para os fãs. O DVD se tornou um dos mais vendidos na história da música de todos os tempos, não era de se duvidar.

O lançamento do boxset em DVD “Plug Me In”, deu continuidade e expandiu o conceito de “Family Jewels”, fornecendo material exclusivo, impossível de se encontrar. Os fãs de todo o mundo estavam se beliscando para ter certeza de que eles não estavam sonhando.

Então, em Agosto de 2008, veio a notícia que todos estavam a oito anos esperando: O AC/DC irá lançar seu novo álbum, “Black Ice”, em Outubro, com a primeira música, “Rock N’ Roll Train”, saindo para o mundo em Agosto.

Produzido por Brendan O’Brien e mixado por Mike Frase no estúdio “Warehouse” em Vancouver, é um clássico AC/DC. Não há nenhum coro de crianças, não tem orquestras, não tem remixes de rap e sem baladas. É puro AC/DC, sem aditivos ou conservantes. É AC/DC fazendo exatamente o que você espera que o AC/DC faça.

É o AC/DC arrebentando como nunca, e quem iria querer diferente?

E não acabou. A banda embarcou para uma turnê mundial em suporte ao álbum “Black Ice”, há muito mais a ser escrito. Mas isso fica pra depois. Agora, vamos arrebentar.