Chega ao fim o imbróglio de Phil Rudd com a justiça neozelandesa. Depois de ser condenado por posse de maconha e pagar uma multa equivalente a cerca de R$ 320,00, o baterista havia entrado com recurso para tentar anular a condenação. Na ocasião, seu advogado, Craig Tuck, argumentou que as consequências de uma condenação excediam a gravidade do crime.

Ontem, em audiência ocorrida em Tauranga, Tuck voltou a alegar que a condenação prejudicaria não apenas Phil Rudd, mas também a banda – impedindo, por exemplo, a realização de shows do AC/DC nos Estados Unidos, Canadá e Japão. O advogado insistiu para que a juíza liberasse Phil sem condenação, ressaltando que este seria o desfecho justo para o caso, visto que os únicos antecedentes de Phil são duas infrações de trânsito ocorridas em 1986 e 1987.

“Meu cliente pode ter 56 anos, mas continua motivado como sempre em fazer parte da indústria musical… Peço que vocês permitam que ele continue sua carreira de sucesso”, disse Tuck. Ao ser questionado se pretendia sair em turnê e continuar fazendo e tocando música, Phil respondeu: “Enquanto eu estiver vivo.”

A promotora Hayley Sheridan se opôs. Apesar de entender que a condenação poderia ser um empecilho para a entrada de Phil Rudd em alguns países, disse não haver provas diretas de uma barreira real ou indícios de planos futuros de excursionar por parte da banda. Ao ser interrogado pela promotora, Phil disse não poder afirmar se haverá outra turnê internacional do AC/DC nos próximos cinco anos. Contudo, Phil já viajou muito por conta de turnês, ensaios, gravações de clipes, sessões de fotos e premiações.

A juíza Alayne Wills disse que há provas claras de que Phil não poderia obter visto de entrada ou teria dificuldades para entrar em pelo menos três países para os quais a banda costumava viajar em turnê. Assim, seu papel na banda, bem como o dos outros integrantes e de outras pessoas que dependem dele, estariam comprometidos. A juíza disse ainda que, em razão da gravidade do delito – que ela considera muito leve -, o recurso deveria ser aceito. Ela liberou Phil Rudd sem condenação e determinou que ele pagasse 1.500 dólares neozelandeses para cobrir as custas legais.

Ao sair do tribunal, Phil Rudd disse apenas estar “aliviado”.

Fonte: New Zealand Herald