Ele é um dos mais famosos roqueiros do mundo, que acumulou milhões cantando sobre mulheres e uísque em seu caminho na estrada para o inferno.

Mas em seus momentos de tranqüilidade, Brian Johnson não quer mais nada além de colocar seu famoso boné e dirigir na rodovia A68, que une a Inglaterra e a Escócia de sul ao norte, a caminho da cidade de Melrose, extremo leste da Escócia.

O vocalista do AC/DC contou ao jornal Scotland on Sunday, o quanto ele gosta de visitar a fronteira e os arredores sempre quando está no Reino Unido, visitando parentes e amigos.

“Eu amo dirigir por aqui”, ele diz. “Eu costumava ir muito para locais como Loch Lomond e o lago Loch Ness, mas sabe qual é o meu lugar favorito agora? Melrose, lá na fronteira. Dirigir por lá é fabuloso, lindo”.

O vocalista desmentiu especulações recentes sobre sua vontade de se aposentar ao final da atual turnê mundial do AC/DC, mas deixou claro que ele irá desligar o microfone quando chegar o dia em ele não estará mais apto para se apresentar em um show inteiro.

“Tenho 62 anos, mas eu tenho que cantar com se eu tivesse 32 anos”, diz ele. “As pessoas tem conversado sobre isso, mas não sou eu que quero aposentar. Vou continuar enquanto eu conseguir prosseguir, mas eu só tenho um instrumento como cantor, a voz. Não quero parar tudo no meio de um show, ou só poder cantar durante metade de um show.

Pela primeira vez, Johnson revela como ele quase deixou passar o teste para cantar em uma banda que iria vender mais de 200 milhões de álbuns.

“Só fui ao teste do AC/DC porque eu tinha outro trabalho a fazer em Londres naquela época, um jingle de propaganda”, ele relembra. “Aquele anuncio me rendeu 350 libras, a maior quantia que eu consegui num único trabalho em toda a minha vida até aquele período”, diz. Se não fosse por esse anúncio, eu provavelmente não iria dirigir de Newcastle até Londres para fazer teste com uma banda, pois estava duro naquela época.

Ele também se lembra com alegria do show que a banda fez no Estádio Hampden, neste verão em Glasgow, Escócia, afirmando que “os gritos de Hampden não são um mito”.

O próximo ano vai marcar três décadas desde que Johnson se tornou o frontman do AC/DC, após a morte de Bon Scott, que nasceu em Kirriemuir, na Escócia.

“Acho maravilhoso que as pessoas ainda lembram do Bon, depois de 30 anos de sua morte”, disse Johnson. “Eu o conheci uma vez e ele era uma dessas almas muito legais”. Dois dos membros originais da banda, Angus e Malcolm Young, também nasceram na Escócia.

Traduzido de Scotland on Sunday