“Daqui a pouco vai cair um temporal terrível por aqui. Tirando isso, está tudo bem”. Essas são as primeiras palavras de Brian Johnson, vocalista do AC/DC, assim que atende ao telefone.

Confortavelmente instalado em sua mansão de campo, na Flórida, EUA, após voltar da Inglaterra (onde apresentou-se em pequenos clubes, acompanhado por seus velhos camaradas do Geordie), ele aproveita uma pausa em meio às sempre incessantes atividades do AC/DC para contar o que tem acontecido com ele e com a banda. A reunião com o Geordie, a turnê europeia com o AC/DC, a volta ao Japão, o lançamento do DVD ao vivo e até os atentados terroristas contra os EUA são temas que ele trata de forma direta, sem meias palavras e com muito, mas muito bom humor. Confira.

Rock Brigade: Como você resumiria turnê “Stiff Upper Lip” 2000/2001, que terminou em julho último?

Brian Johnson – Realmente fantástica! Pode soar um pouco batido, mas é a verdade: fazia anos que eu não me divertia tanto em uma turnê! Sem demagogia, a apresentação que fizemos, por exemplo, no “Stade de France” foi uma loucura! Foi simplesmente incrível! Assim que subi ao palco, lembro de ter ficado atordoado com o que vi. Que espetáculo é um estádio lotado de fãs se comunicando com a gente!

Com toda a certeza, essa é uma das grandes imagens que ficaram e uma das melhores recordações que guardo dessa turnê. Fiquei tão impressionado com a energia que vinha da multidão que tinha dificuldade para retomar o fôlego entre uma música e outra.

Capa do álbum Stiff Upper Lip

Capa do álbum Stiff Upper Lip

Depois do show, foi o máximo, já que chegamos ao centro da cidade em menos de dez minutos, escoltados pela polícia. Nas outras oportunidades, nunca tinha conseguido me deslocar tão rápido em Paris. Agora sei o que é ser Jacques Chirac [risos]. Ele pode “voar” do Elysée ao aeroporto em menos de quinze minutos [mais risos]!

RB – Como foi a grande volta do AC/DC ao Japão depois de 19 anos de ausência?

Brian – É engraçado, pois, antes de subirmos ao palco para o primeiro show em Tóquio, alguém nos disse: “Lembrem-se de que o público japonês é muito sereno, permanece sentado e só aplaude quando a música termina. É uma plateia muito educada.” Quanta bobagem!

Como em qualquer lugar do mundo, o público veio abaixo assim que tocamos a primeira nota [risos]! Mas também percebi o número de pessoas transformações no país. É incrível o número de pessoas que se vê nas ruas, um verdadeira formigueiro. Aonde quer que se vá, há muita gente, em todos os lugares. Quando fomos ao Japão em 1981, pegamos o trem para ir de Tóquio a Nagóia. Lembro-me de ter passado em frente ao Monte Fuji e não havia nada além de pequenas aldeias e campos a perder de vista.

Hoje, a cidade já chegou até lá. Há casas e edifícios em toda a parte. É uma loucura! Isso sem falar da névoa cinza que paira no ar, as nuvens de poluição… há um monte de fábricas ali. Jamais vi coisa parecida, até o ar de Los Angeles é “puro”, por assim dizer, se comparado ao de Tóquio. Fora isso, é um país fantástico e notável por seu paradoxo entre tradição e modernidade. Eles têm uma porção de coisas extremamente modernas que só chegarão à Europa daqui a alguns anos, como relógios de pulso minúsculos com telas de TV.

RB – Na recente turnê de verão do AC/DC, vocês tocaram músicas antigas que não se esperava que aparecessem no set list, como “Problem Child”, “Up To My Neck In You”, “What Do You Do For Money Honey”, “Gone Shootin’” etc. Vocês voltaram a tocá-las para “agradecer” a seus fãs mais fiéis?

Brian – Sem dúvida! Em Paris, por exemplo, tocamos uma música que nunca havíamos tocado antes, “Ride On“. Eu estava apavorado com a possibilidade de apresenta-la ao vivo, até que Malcolm Young me perguntou o que eu achava da ideia de tocá-la. Eu disse: “Eu adoraria, mas jamais poderei cantá-la como Bon Scott, pois não tenho o mesmo tipo de voz.” Ele me respondeu: “Cante-a do seu jeito”.

Nós tocamos essa música apenas na França porque o público de lá a adora mais do que o público de qualquer outro lugar do mundo. E acontece que essa também é a minha música favorita do AC/DC! Então, a emoção era palpável quando a tocamos! Foi um momento tão especial que não queríamos mais parar. Eu bem que teria continuado a cantar “Riiiide Ooon” por horas e horas. Todo o público repetia em coro o refrão. Quase cheguei a chorar quando saí do palco… foi simplesmente genial! E John Lee Hooker havia morrido um dia antes, então acabou sendo também uma homenagem que prestávamos a ele. Que noite!

E o melhor é que nós imortalizamos esse momento em vídeo. Já tínhamos decido decidido gravar o show de Munique, mas Malcolm, que tem um faro muito apurado, percebeu que o concerto de Paris seria especial, pediu que ele fosse gravado também e essa música estará no DVD. Fiquei muito contente por terem tido essa ideia. Enfim, temos todo o material gravado em fitas e espero que algum dia possamos lança-lo, já que foi algo muito especial.

RB – No início da turnê, vocês ensaiaram músicas que não voltaram a executar. Depois da experiência do Stade de France com “Ride On” e das várias surpresas em Munique e Colônia, como “Shot Down In Flames” e “Gone Shootin’”, vocês não acham que o fato de modificar uma ou duas músicas do set list todas as vezes pode ser algo bastante estimulante tanto para a banda como para os fãs?

Brian – Isso é mais complicado que parece, pois não há apenas uma banda sobre o palco, há também toda uma equipe de iluminação, que é totalmente informatizada, e os técnicos de som, e nós não podemos simplesmente esquecer desse pessoal. Não digo que seja impossível fazer isso, é até viável. Mas é preciso respeitar as regras para que tudo não vire uma grande trapalhada.

RB – Sendo assim, seria mais fácil simplesmente improvisar, como vocês fizeram durante o show de Madri, no final de 2000, ao tocarem “Sin City”…

Brian – Sim, eu me lembro bem disso. Quando entrei no palco, nem eu mesmo sabia que tocaríamos essa música. Nunca vou me esquecer desse dia. No meio do show, Malcolm me avisou que iríamos sair do roteiro e tocar “Sin City“. Respondi apavorado que não cantava essa música há dez anos e que nem ao menos lembrava a letra… Então, Mal deu uma risada e disse: “Se vira, vamos tocar de qualquer jeito [risos].” E, de repente, lá estou eu cantando a música com uma letra inventada na hora. Como ele foi capaz de me colocar numa fria dessas [mais risos]?

Brian e Angus - França 2000

Brian e Angus – França 2000

Pra completar, no meio da música dou de cara com o Malcolm e ele estava com aquele olhar maldoso que diz tudo. Evidentemente, ele estava se divertindo à beça me vendo naquela situação ridícula! Puta sacanagem! No camarim, passado o choque, a gente riu um bocado disso tudo. Na tarde do dia seguinte, no hotel, ouvi novamente a música para refrescar a memória e à noite, na hora do show, já sabia a letra de cor. Aproveitei pra rir de mim mesmo e anunciei a música assim: “Visto o desastre de ontem, aqui está ‘Sin City’ parte 2 [risos].”

RB – Falando sobre o novo DVD, que foi gravado em Munique. Por que não foi escolhido o concerto de Praga, como previsto originalmente, ou o de Paris?

Brian – Sinceramente, não sei. Talvez apenas pelo fato de o estádio de Munique ser uma maravilha arquitetônica. Ou então pelo fato de ter havido uma coincidência entre a agenda da equipe técnica que excursionou conosco e da do engenheiro de som. Sim, acho que a escolha foi feita para facilitar o lado técnico da gravação.

RB – Nesta última turnê, vocês convidaram vários músicos para abrir seus shows. Em Munique, por exemplo, foi Buddy Guy. Só que no último dia ele foi vaiado, recebeu uma chuva de latas no palco e acabou desistindo de abrir outros concertos da banda. Vocês não acham que o público do AC/DC é muito exclusivista? Às vezes até demais?

BrianBuddy Guy é um dos nossos ídolos e sem dúvida um grande músico de blues. De fato, ele deveria ter feito a abertura de outros shows, mas, considerando a primeira “recepção de boas-vindas” que ganhou, achou melhor não nos acompanhar mais. Assim, na Finlândia ele foi substituído por George Thorogood & The Destroyers. Para o George as coisas também não foram fáceis, pois ele tem um sotaque exageradamente americano. O problema é que na Finlândia nem todo mundo fala inglês e por isso as histórias dele sobre uísque e calhambeques ficaram evidentemente difíceis de entender. Por outro lado, em outra ocasião, tenho que confessar que fiquei bastante impressionado com Nikka Costa, que abriu pra nós na Basiléia e Suiça.

RB – O novo DVD contém certa de 15 minutos com gravações dos bastidores, nos quais o fã pode ver os camarins, a preparação de vocês antes da apresentação, a passagem de som e etc.

Brian – Sim, nós dissemos à equipe de gravação do DVD para seguir nossa rotina. E você sabe como é isso. Em princípio, você não age de forma muito natural, porque sabe que está sendo filmado.

Capa do DVD AC/DC - Stiff Upper Lip

Capa do DVD AC/DC – Stiff Upper Lip

No entanto, depois de um certo tempo não comete mais gafes, pois as filmadoras passam a fazer parte da decoração. E é aí que a coisa fica interessante, pois a gente se diverte muito nos camarins. Além disso, durante o dia, também recebíamos visitas de nossos familiares lá: a mulher do Malcolm, a esposa do Angus e até o meu irmão, Maurice, que foi o nosso mestre-cuca. Ele ganhou o prêmio de “o queridinho da equipe da turnê 2000/2001”, o debutante do ano [risos].

O meu irmão é um cara muito legal. Somos muito diferentes um do outro. Pra começar, ele é um sujeito muito agradável [mais risos]. No começo, ele havia sido contratado para cuidar somente do rango da banda, mais no final da história, nossos roadies imploraram para que cozinhasse pra eles também. Coitado! Ele pensava que fosse ser umas dez refeições por dia e de repente estavam pedindo pra ele servir umas 60!

RB – Vocês tocaram em estádios enormes, mas tudo começou exatamente em 18 de agosto de 2000, em um hotel, com um show surpresa e plateia apenas de convidados. Não foi assim?

Brian – É isso mesmo. Estávamos hospedados no Westin Peachtree Plaza, em Atlanta. Todos os anos, durante uma semana, o nosso selo, Atlantic reúne seus executivos neste hotel para sua convenção anual. Então, naquela ocasião, nos perguntaram se topávamos fazer um show de meia hora para eles. Sinceramente, pensei que o Malcolm e o Angus fossem recusar o convite e fiquei muito surpreso quando soube que tinham aceitado. Três outras bandas, recém-contratadas, também tocaram naquele dia. Mas ficaram satisfeitas em usar playback.

Já o AC/DC acabou tocando cinco ou seis músicas ao vivo. Quando a apresentação terminou, Phil [Rudd] veio até mim e disse: “Meu deus, não sabia que estávamos tão afiados! Esse show me fez lembrar de nossos primeiros concertos, em 1975, 1976”. É verdade que nos ver tocando num lugar como aquele foi bastante surpreendente: o Malcolm e o Angus tinham só dois metros quadrados para se mexer, mas mesmo assim metemos bronca. Eu até acabei levando um baita pisão no pé [risos].

RB – Sinceramente, você não sente falta dessa atmosfera de clubes, de apresentações mais próximas do público?

Brian – Mas é claro! Recentemente voltei a tocar em pequenos clubes de novo, com meus amigos do Geordie, em Newcastle e região. Me diverti bastante e, além disso, foi só assim que pude finalmente pagar a dentadura nova do nosso baterista, Dave Wittaker. Quando cheguei a Newcastle e o vi, depois de tantos anos, pensei com meus botões: “Caramba, tem alguma coisa diferente nele.” Daí, alguém me disse que ele não tinha grana suficiente pra ir ao dentista! Então eu lhe perguntei: “Quantos dentes sobraram aí?” Ele respondeu: “Ah, Brian, fique frio. Nem me fale em dentes, é um desastre!”

Então, para tirar a dúvida, dei um toque para o baixista, Dave Robson: “Dave, vou contar uma piada ao Wittaker. Assim, aproveite o momento em que ele estiver rindo para contar contas dentes ele tem.” Dito e feito! Resultado da contagem: nosso amigo tinha três dentes! Alguns dias depois, a gente se encontrou e ele já estava com uma dentadura novinha em folha. “É incrível, agora posso falar novamente com as garotas”, ele me disse antes de concluir: “O problema é que agora preciso também comprar uma escova de dentes! Faz dez anos que não uso creme dental [risos]”.

Ele é um cara incrível! Vivi grandes momentos tocando de novo com o Geordie – que agora chamamos de Geordie II. Tocamos exatamente as mesmas músicas que tínhamos tocado quando de minha última apresentação com eles, um pouco antes de entrar para o AC/DC. Curti cada momento!

RB – Parece que por causa dos atentados terroristas de 11 de setembro passado, os empresários do AC/DC não viram com bons olhos sua viagem dos EUA para a Inglaterra. É verdade?

Brian – De fato, eles ficaram receosos. E, sinceramente, eu também. Mas promessa é dívida e você não pode deixar de cumprir seus compromissos. O pessoal do Geordie me esperava e eu não podia voltar atrás. Além disso, não seriam uns terroristas canalhas que me impediriam de viver minha vida. De jeito nenhum! É gente realmente da pior espécie, e odeio ver gente assim levando a melhor. Na verdade, adoro vê-los perder no final. Esperamos que seja assim, dessa vez.

Em todo o caso, eles não me impedirão de agir como quero e de continuar sendo como sou. Se deixarmos o pânico tomar conta de nós, estaremos reconhecendo a vitória deles, pois é essa a realçai que esperam de nós. E não vou entrar nessa. Bom, é verdade que o avião em que embarquei para Londres não estava lotado. A ansiedade pairava no ar. Não havia nenhuma mulher ou aeromoça a bordo. Só homens. O pior foram as facas e os garfos de plástico que nos deram na hora de comer. Não pude evitar o pensamento: “Meu Deus, o mundo nunca mais será como antes!”.

RB – Já se comenta sobre alguma turnê do Geordie II aí onde você mora, na Flórida?

Brian – Não, isso é bobagem. Aqui ninguém conhece o Geordie II. Na Inglaterra, por outro lado, a banda já tem algum nome. A gente não tocava junto tinha uns vinte anos, o baterista não pegava numa baqueta fazia uns 11 e nós só tivemos cinco dias para ensaiar. Isso sem falar no repertório… Fazia uma eternidade que não cantava aquelas músicas! No entanto, isso não me impediu que nos divertíssemos um bocado.

Malcolm viria pra assistir a nossa apresentação, mas, na última hora, acabou não dando certo. Assim que pude, enviei-lhe um CD, um vídeo da apresentação de Newcastle e uma mensagem curtinha: “Querido Mal, assista ao vídeo, ouça o CD e não ria… se for capaz.”

Brian Johnson - Turnê Stiff Upper Lip

Brian Johnson – Turnê Stiff Upper Lip

Foi muito divertido mesmo! E rolou um negócio muito engraçado com o nosso baterista. Sempre ele! Só vendo para crer! Acho que esse cara vive em algum lugar perdido no tempo e no espaço, desde os anos 80, pois, enquanto quebrávamos a cabeça tentando buscar na memória a lista de músicas que havíamos tocado em 1979, ele literalmente derrubou a gente: “Ei, rapazes, já sei! O set list do nosso último show ainda está colado aqui na minha bateria [risos]”.

RB – Você aproveitou esses shows para gravar duas músicas novas com o Geordie II?

Brian – Não foi bem assim. Na verdade, os professores de Newcastle lançaram recentemente um projeto que consiste em doar às escolas CDs reunindo temas folclóricos e canções antigas da cidade e da região, para que a nova geração, ou seja, seus alunos, não esqueça suas raízes. Por isso, pedira para que celebridades nascidas lá – esportistas, atores, cantores – participassem do projeto e interpretassem algumas canções. Então gravei o vocal de “Geordie’s Lost His Liggie“, que eu já havia cantando no início de minha carreira, e de Byker Put And A Worker Shore, uma canção escrita por volta de 1864/65.

Fiz isso apenas para deixa um registro, nada mais. Elas estarão incluídas sem um CD duplo que será lançado e o dinheiro arrecado com a venda será destinado às escolas. Pouco a pouco, todas essas canções foram caindo no esquecimento e nós queremos dar às crianças de lá a possibilidade de resgatar o passado e a história de sua região por meio dessas músicas alegres, que nada mais eram que historinhas.

Naquela época, as pessoas não tinham televisão e essas canções as divertiam, pois relatavam fatos familiares. Achei fantástica a oportunidade de poder colaborar, da minha maneira, com a comunidade que me viu crescer. E uma justa retribuição. A música já estava gravada e eu só tive que acrescentar minha voz por cima. Mas dei a ideia de que a música seja regravada, na íntegra, pelo Geordie II, o que, sem dúvida nenhuma, faz mais justiça a ela. Um dia este CD fará parte da história e, ao ouví-lo as pessoas dirão: “Olha só como eram as músicas em 2001 [risos].”

RB – Dizem que você foi procurado pela Casa Branca para organizar um concerto em Washington em homenagem às vítimas do Pentágono. Do que se trata exatamente?

Brian – É verdade. Eu fui procurado por um sujeito chamado Jim Hews, que trabalha no Serviço Secreto. Ele conhece os músicos do AC/DC há muitos anos e até já nos levou para visitar a Casa Branca. Ele havia telefonado para mim, depois daqueles trágicos acontecimentos, para pedir que o ajudasse a organizar um show em benefício aos parentes das vítimas. Então, eu lancei mão dos muitos contatos que tenho com artistas, promotores de eventos etc. E assim o evento foi montado. Voltando ao Jim, ele é um amigo com quem converso sempre e, naturalmente, ficou chocado ao saber que um quarto avião desviado provavelmente tinha a Casa Branca, lugar onde trabalha, como alvo.
Estou convicto de que alguns passageiros, destemidos e patrióticos, obrigaram os terroristas a jogar o avião contra o colo. Graças a Deus.

RB – Para concluir com uma coisa mais alegre: é verdade que já está compondo músicas novas?

Brian – Sim. Faremos tudo o que for possível para lançar um novo álbum o quanto antes. Da última vez, os fãs se esgoelaram tanto e mesmo assim tiveram de aguardar cinco anos… Nós nem tínhamos percebido que o tempo tinha passado tão depressa. Outro dia desses, conversei com o Malcolm e ele confirmou que está trabalhando em composições novas.

Entrevista retirada da revista “Rock Brigade” de Fev/2002.