A banda estava finalmente pronta para descansar após anos de trabalho duro e longas noites na estrada. E em 19 de Fevereiro de 1980 o AC/DC presenciou a morte trágica de seu vocalista Bon Scott. A mídia deu notícias fragmentadas dando a possibilidade de que a banda iria parar de tocar, mas em homenagem ao homem que queria que eles continuassem, os rapazes decidiram marchar com Bon em mente. 

Encontrar um substituto para Bon era uma tarefa impossível, mas em Brian Johnson encontraram alguém muito especial, único e cheio de energia. De fato, Brian era perfeito para o AC/DC desde o seu primeiro teste, no qual ele e a banda tocaram “Netbush City Limits” e “Whole Lotta Rosie”.

Brian entrou para o AC/DC oficialmente em Abril, dando início a um novo capítulo na história do grupo. O AC/DC continuou sendo a mesma banda que todos conheciam e amavam, mas com Brian a bordo estavam prestes a alcançar um nível nunca antes sonhado. Mas antes teriam que fazer as faixas do próximo álbum.

Com a dor e o sentimento pela perda de Bon, mas temperados pela energia e humor que Brian trouxe ao grupo, o AC/DC chegou ao Compass Point Studios nas Bahamas preparados para fazer aquilo que se tornaria um dos maiores álbuns de Rock and Roll já criado. “Back In Black”, que contava os clássicos “You Shook Me All Night Long”, “Rock and Roll Ain’t Noise Poluttion” e claro, o título do álbum, “Back In Black”, foi uma façanha inegável.

O público estava pronto e excitado para receber Brian Johnson em sua primeira turnê da década, que começou em Julho de 1980, com 64 datas agendadas. “Back In Black”, assim como “Highway To Hell” foi produzido por Mutt Lange e foi dedicado a Bon, “Back In Black” foi lançado no final daquele mês.

O impacto foi tão imediato e poderoso como o álbum em si. O álbum vendeu tão absurdamente que obrigou a gravadora, finalmente, fazer o lançamento do álbum “Dirty Deeds Done Dirty Cheap” na América apenas para satisfazer a demanda pelos discos da banda.

Com vinte meses após o lançamento, “Back In Black”, conquistou fama internacional, as vendas do álbum atingiram as escalas de 12 milhões de unidades. 65.000 pessoas viajaram para ver a grande performance do AC/DC no Castle Donington no Mosters of Rock Festival em 8 de Agosto de 1981 no Reino Unido. O AC/DC não era uma banda de Heavy Metal, mas poderiam atirar e arrebentar como ninguém, a qualquer momento, em qualquer lugar e acima de qualquer gênero. E na noite de Agosto de 1981, tocando para 65.000 pessoas o AC/DC fez isso.

O próximo álbum da banda “For Those About To Rock (We Salute You)”, que teve a difícil tarefa de acompanhar o poder que “Black In Black” tinha conquistado. Produzido novamente por Mutt Lange, o álbum que foi lançado em Novembro de 1981 e de modo algum conseguiu alcançar o lugar que “Back In Black” havia conquistado, mas também balançou os fãs do todo o mundo como a força de um furacão.

A turnê “For Those About To Rock”, foi a maior em termos de público, e encenação – graças aos canhões que foram colocados no palco, que dava vida durante a faixa-título do álbum – foi também a turnê mais barulhenta, que após a grandiosa turnê “Back In Black” não foi pouca coisa.

Após as gravações do álbum “Flick Of The Switch”, que assim como “Back In Black” foi gravado em Bahamas, o baterista Phil Rudd deixou a banda e foi substituído por Simon Wright.

“Flick Of The Switch” foi lançado em Agosto de 1983, que marcou a volta energética do som tocado por Malcolm Young, que também atuou como produtor principal do álbum. A MTV não conveniente, e não exibiu os vídeos gravados pela banda. Era de se esperar, a MTV nunca foi conviente com o AC/DC.

Um retorno para o Castle Donington para uma segunda apresentação no Monster Of Rock Festival no Reino Unido, teve apoio de bandas como Ozzy Osbourne, Van Halen e Motley Crue, foi parte do calendário da turnê do lançamento de “Flick Of The Switch”.

O álbum “Fly On The Wall”, produzido por Malcolm e Angus Young, foi lançando em junho de 1985, com uma série de hinos clássicos de dar socos ao ar, como “Sink The Pink” e “Shake Your Foundations”. No entanto, quando a banda deu início a turnê de divulgação do álbum, o destino trouxe um crime de um assasino bêbado.

Em Setembro, notícias ridiculas surgiram na imprensa, afirmando que os assassinatos cometidos pelo assassino em série de Los Angeles, Richard Ramirez, foram incentivados pela música “Night Prowler”, faixa final do álbum de 1979, “Highway To Hell”. As acusações foram feitas por políticos, igrejas e líderes comunitários que ferozmente taxaram o AC/DC como os “Advogados do Diabo” e assim forçaram vetar a banda em algumas cidades. A turnê se transformou numa verdadeira “auto-estrada para o inferno” (“Highway To Hell”), embora não tenha a banda tido nenhuma ligação com os acontecimentos.

O álbum “Who Made Who” foi lançado em Maio de 1986, a banda mostrou não se abalar com a imagem criada, e mostrou que não ficaram abalados com os acontecimentos. O álbum foi trilha sonora para diretor e escritor do filme “Maxium Overdrive”, Stephen King, contou com uma coleção de faixas clássicas, como “You Shook Me All Nigh Long” e “Hells Bells”, misturado com um novo material gravado com Vanda e Young. O escritor, o mestre do terror e grande fã da banda, Stephen King, ficou maravilhado com o fato de o recente álbum do AC/DC ser lançando junto com o seu filme. O single da trilha sonora, “Who Made Who”, se tornou para muitos não apenas um hino de um sábado à noite, também deu a banda o hit que mais tocou nas rádios até aquela data.

O vídeo para a faixa-título do álbum foi filmado em Londres, na Brixton Academy com ajuda de um mar de Angus cover. Temos que admitir, às vezes fica até difícil dizer quem é o verdadeiro Angus naquele vídeo.

Logo em seguida, em 1988 foi a vez da banda lançar “Blow Up Your Video”, o primeiro álbum do AC/DC desde o álbum de 1978, “Powerage”, a ser produzido inteiramente pela equipe, Harry Vanda e George Young. A turnê mundial seguinte trouxe a banda para Austrália, depois de uma ausência de sete anos. Assim, houve cenas de grande entusiasmo por parte dos fãs desde o início da venda dos ingressos. Este comportamento continuou durante toda a turnê.

Após anos na estrada, Malcolm estava exausto e decidiu tirar férias durante os seis esgotantes meses de turnê pela América, que a banda realizou entre Maio e Setembro do mesmo ano. Malcolm foi substituído temporariamente pelo membro da família, por assim dizer, Stevie Young, que fez a guitarra base de Malcolm.

No fim do ano, Malcolm estava pronto para voltar para ação com muitas idéias na cabeça, Simon Wright havia deixado a banda e então Chris Slade entrou em seu lugar para realizar o que seria o maior álbum da banda desde “Back In Black”.

Terceira parte: Anos 90 – “Popularidade renovada”
Quarta parte: Anos 2000 – “Eventos recentes”