Ontem o editor da revista Guitar Player, Michael Molenda, conversou com Angus Young e Cliff Williams durante uma entrevista num hotel em Nova Iorque, EUA.
Leia o texto publicado hoje no blog da revista.
Angus Young e Cliff Williams tinham um dia agendado com a imprensa nesta quinta-feira, 13 de novembro, em uma suíte confortável de um hotel. Antes de mim, o jornal USA Today e outro grande canal de mídia haviam conversado com eles. Eu fiquei feliz quando o publicitário da banda disse enquanto estávamos no elevador indo até ao quarto: “Ah, eles estão procurando conversar mais sobre guitarras e baixo, e não sobre bateristas.”
Claro que a primeira coisa que eu falei pra eles enquanto estavam sentados em suas cadeiras foi: “Não tenho nenhuma pergunta sobre bateristas.”
Foi bom darmos um pouco de risadas ali.
Naquelas alturas, a resposta da banda à perguntas sobre os problemas com a lei de Phil Rudd e a triste saída de Malcolm Young devido aos problemas de saúde foi: “Phil teve a oportunidade de controlar o que acontecia em sua vida, enquanto Malcolm não teve.”. Uma declaração comovente e verdadeira.
Durante cerca de 45 minutos de conversa com Angus e Cliff, nós falamos sobre o equipamento usado na gravação do álbum, como o “Schaffer Replica” (criado por um velho fanático por AC/DC, Filippo Olivieri [Solo Dallas] para emular precisamente o tom de guitarra de Angus na primeira versão do “Schaffer-Vega System”) foi usado nas sessões, o papel do produtor Brendan O’Brien durante a gravação do disco “Rock or Bust”, como as músicas do álbum foram criadas, e muito mais. Eu também fiz algumas perguntas elaboradas pelos leitores da Guitar Player que as enviaram por e-mail.
Por exemplo, Staz Stasiewski perguntou: “Qual é a guitarra Gibson SG mais velha que Angus usou no AC/DC e ainda tem?”
Acontece que Angus ainda tem a primeira guitarra SG que ele usou na banda.
Outros petiscos que serão comentados de forma completa na próxima edição da Guitar Player:
– Alguns riffs de Malcolm e ideias para músicas definitivamente foram usados no novo álbum.
– Quando Stevie Young entrou para gravação no estúdio no lugar de seu tio Malcolm, nenhum dos outros membros da banda precisou alterar o estilo. Ele se encaixou perfeitamente.
– Stevie também assumiu o papel de Malcolm na organização e arquivamento das ideias para as músicas.
– Enquanto certamente há um som bem definido e característico do AC/DC, a promessa para o novo álbum é manter sempre a mistura da banda para deixar o som barulhento, cru e rebelde.
– O produtor Brendan O’Brien contou à banda que nada foi editada – da finalização das gravações até o último processo de masterização do álbum. Ele quis que a banda ficasse completamente feliz com o novo disco.
– “Back in Black” é a música favorita de Angus para tocar ao vivo (“Porque você a reconhece no primeiro acorde), enquanto a de Cliff é “Thunderstruck” porque “ela vai evoluindo”.
Apesar de muita coisas boas e não tão boas que saíram na mídia recentemente sobre o AC/DC, ambos Angus e Cliff estão de bom humor, descontraídos, falantes e extremamente amigáveis. Ficou claro que mesmo depois de 40 anos de estrada, esses caras continuam amando tocar.
Fonte: Guitar Player